ID: 17400
Autoria:
Arménio Rego, Solange Souto.
Fonte:
Revista de Administração Contemporânea, v. 8, n. 1, p. 151-171, Janeiro-Março, 2004. 21 página(s).
Palavras-chave:
comprometimento afetivo , comprometimento instrumental , comprometimento normativo , justiça organizacional
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O estudo
visa mostrar como as percepções de justiça explicam o comprometimento
organizacional (afetivo, normativo e instrumental). Inquiriram-se 229
membros de organizações brasileiras e 236 de organizações portuguesas.
Os dados sugerem o seguinte: (1) o modelo de quatro dimensões de justiça
(distributiva, procedimental, interpessoal e informacional) denota
valia psicométrica superior ao de três dimensões, no qual as vertentes
interpessoal e informacional são agrupadas numa mesma dimensão
interaccional; (2) as percepções de justiça explicam entre 23%
(Portugal) e 28% (Brasil) do comprometimento afetivo, entre 15% (Brasil)
e 37% (Portugal) do normativo, e entre 1% (Brasil) e 6% (Portugal) do
instrumental; (3) as vertentes de justiça mais pertinentes para a
explicação do laço afetivo são a procedimental e a interpessoal; (4) o
laço normativo tende a ser explicado pelas facetas distributiva,
procedimental e informacional da justiça; (5) globalmente, quando se
sentem tratadas com justiça, as pessoas tendem a denotar mais fortes
laços afetivos e normativos, e menores índices de comprometimento
instrumental; (6) estas tendências são, em geral, aplicáveis às duas
amostras; (7) a compreensão do comprometimento organizacional é mais
proveitosa quando se estudam os diferentes modos como as pessoas
combinam os laços afetivo, normativo e instrumental. O estudo ajuda a
compreender as razões pelas quais as pessoas se comprometem
psicologicamente com as suas organizações. Seu valor torna-se maior pelo
fato de combinar dados de duas culturas diferentes.