ID: 45851
Autoria:
Inácia Maria Nunes Opens, Bruno Felix, Lorene Alexandre Prates.
Fonte:
RAUSP Management Journal, v. 52, n. 3, p. 219-232, Julho-Setembro, 2017. 14 página(s).
Palavras-chave:
Adaptación transcultural , Desempeño de expatriados , Inteligencia cultural
Tipo de documento: Artigo (Inglês)
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Criar uma força de trabalho competitiva no exterior é um desafio relevante para diversas organizações com atividades multinacionais. Diante disto e dos altos custos associados à expatriação, faz-se necessário identificar fatores que facilitam o desempenho satisfatório de executivos em designações internacionais. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a relação entre inteligência cultural, adaptação transcultural e desempenho de expatriados. A partir de uma amostra de 217 expatriados, provenientes de 26 países diferentes e residentes no Brasil, o estudo revelou uma associação positiva entre inteligência cultural e adaptação transcultural e, desta última, com o desempenho de expatriados. No entanto, a relação direta entre inteligência cultural e desempenho de expatriados não se mostrou significante. Os resultados revelaram, ainda, uma relação indireta entre inteligência cultural e desempenho de expatriados mediada pela adaptação transcultural. Assim, sugere-se que a inteligência cultural se transforma em capacidade de melhor adaptação do expatriado à nova cultura, para então resultar em desempenho. A partir da Teoria do Contato de Allport (Pettigrew, 1998), cujo pressuposto é de que o aumento das interações entre os diferentes membros de grupos étnicos pode levar ao aumento no entendimento mútuo, à redução de hostilidades, de preconceitos e à formação de amizades entre grupos em diversos contextos sociais (Pettigrew & Tropp, 2006; Kim, 2012), sugere-se que este processo de transformação é facilitado e potencializado pelo aumento das interações entre expatriados e habitantes locais. Sugestões para futuras pesquisas e para a prática são apresentadas.