ID: 54380
Autoria:
Samuel L. L. Lemos, Carlos Eduardo Cavalcante, Patrícia T. Caldas, Solange Cristina Vale, Jardel Augusto G. R. Alves.
Fonte:
Revista de Administração Mackenzie, v. 20, n. 4, p. 1-28, Julho-Agosto, 2019. 28 página(s).
Palavras-chave:
Estudo longitudinal , Gestão de recursos humanos , Motivação voluntária , Organizações do terceiro setor , Trabalho voluntário
Tipo de documento: Artigo (Português)
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OBJETIVO: Descrever fatores motivacionais de recém-voluntários de uma fundação religiosa paraibana à luz do modelo proposto por Cavalcante (2012) por um período longitudinal de dois anos. ORIGINALIDADE/VALOR: Não há consenso sobre aspectos ligados à motivação para realização da atividade voluntária, nem em contexto estrangeiro, nem brasileiro. Há alta rotatividade desses indivíduos, pela facilidade de entrada no trabalho e saída dele, sem clareza nas suas causas. Para diminuir a discordância no que se entende como motivações voluntárias em contexto nacional e auxiliar os gestores de ONGs na manutenção de seus voluntários recentes, propõe-se esta pesquisa longitudinal, realizada em duas oportunidades, 2013 e 2015, inédita em contexto nacional. DESIGN/METODOLOGIA/ABORDAGEM: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, realizada por meio de modelo validado no Brasil proposto por Cavalcante (2012), o qual abrange cinco fatores motivacionais: altruísta, justiça social, afiliação, aprendizado e egoísta. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva (média, desvio padrão, coeficiente de variância e porcentagem), ANOVA (análise de variância), Teste T para amostras independentes, identificando eventuais diferenças entre grupos e correlação (bivariável). RESULTADOS: Viés cívico, objetivos de aprendizado e identificação com a entidade emergiram como principais motivadores. Há indícios de que quanto maior a formação acadêmica, menor é a tendência em buscar a organização apenas para preenchimento do tempo livre (fator egoísta). Outra constatação foi a de que voluntários com maiores índices nas motivações altruístas tendem a atuar também em outras instituições, o inverso para aqueles com motivações mais próximas do perfil egoísta.