ID: 38348
Autoria:
Maísa de Souza Ribeiro, Charbel José Chiappetta Jabbour, Hans Michael Van Bellen, José Affonso dos Reis Junior.
Fonte:
Revista Brasileira de Gestão de Negócios, v. 17, n. 56, p. 1149-1165, Abril-Junho, 2015. 17 página(s).
Palavras-chave:
Benefícios , Índice de Carbono Eficiente , Índice de Sustentabilidade Empresarial , Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Objetivo – Identificar e avaliar informações contidas nos relatórios de sustentabilidade pertinentes à potencialidade de realização de benefícios a partir dos projetos desenvolvidos sob as premissas dos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) e, captar a percepção de especialistas em elaboração de projetos MDLs sobre as resistências ao mercado de créditos de carbono. Método – Pesquisa exploratória, descritiva, bibliográfica e documental e entrevistas. Fundamentação teórica – A pesquisa esteve fundamentada nos conceitos de sustentabilidade, notadamente nos aspectos responsabilidade socioambiental (RSC), aos quais se associou a análise de custo-benefício, visto que a venda de créditos de carbono pode ser uma forma de mitigar o trade off entre a satisfação imediata dos acionistas e investimentos em RSC. Resultados – A apuração da percepção dos representantes das empresas certificadoras de projetos de crédito de carbono levou à conclusão de que economias de custos, marketing empresarial e certificações são motivadores maiores do que a obtenção de créditos de carbono. Os projetos comentados nos relatórios de sustentabilidade de 2011 teriam capacidade de gerar uma economia de custos com eficiência energética de, aproximadamente, R$ 538 milhões. Adicionalmente, R$ 40 milhões seriam ganhos com a comercialização de créditos de carbono, considerando a cotação do euro e dos referidos títulos em 31 de dezembro de 2014. Contribuições – Demonstração do potencial expressivo de ganhos financeiros adicionais que as empresas podem obter com a eficiência energética e reestruturação de habitats, seja aproveitando a redução de CO2 gerada por projetos desse tipo, seja desenvolvendo novos projetos que continuem beneficiando o meio socioambiental como o econômico.