ID: 37935
Autoria:
Edson Roberto Macohon, Carlos Eduardo Facin Lavarda.
Fonte:
Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, v. 9, n. 3, p. 242-257, Julho-Setembro, 2015. 16 página(s).
Palavras-chave:
Dominação , Dualidade da Estrutura , Legitimação , Significação , Tríade de Giddens
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Para compreender como a teoria da Estruturação foi investigada na Contabilidade, o objetivo foi analisar a Tríade de Giddens na pesquisa em Contabilidade. Realizou-se a triangulação de estudos sob o arcabouço da teoria da Estruturação (TE). Concebeu-se a dimensão estrutural da significação sob a lente perceptiva, ou seja, quando esquemas cognitivos são utilizados para interpretar a realidade. No entanto, no âmbito da informação contábil, a Contabilidade não pode ser considerada como um instrumento monolítico de interpretação das informações. Sob a lente constitutiva, têm-se as linguagens que proporcionam a construção social da realidade. Para a integração sistêmica das práticas sociais, a Contabilidade tem a função de padronização dos processos entre os diversos setores das organizações. A estrutura de legitimação a partir do dispositivo window-dressing considera a Contabilidade como um meio de refletir as expectativas da organização. No entanto, a Contabilidade precisa exercer um papel de neutralidade para conquistar a confiabilidade das informações divulgadas. A perspectiva dos dispositivos de sanção considera as avaliações das formas de interações. Assim, a partir da padronização de regras e rotinas, a Contabilidade pode promover os processos de aprovação, ou não, de condutas organizacionais. Na concepção da estrutura de dominação, os recursos autoritários ou alocativos promovem o exercício do poder. Desta forma, a Contabilidade pode ampliar seu campo de atuação e, como consequência, participar, diretamente, das disputas de poder nas organizações. E, por fim, trata do mecanismo ideológico que considera a Contabilidade como um mecanismo que pode facilitar a compreensão das contradições estruturais da sociedade. Para tanto, os contadores precisam ser agentes de mudanças nos processos de transformação social.