ID: 27649
Autoria:
Reed Elliot Nelson, Eduardo Pinheiro Gondim de Vasconcellos.
Fonte:
Revista de Gestão, v. 14, n. especial, p. 93-107, Novembro-Dezembro, 2007. 15 página(s).
Palavras-chave:
Comparações Internacionais , Redes Sociais , Redes Verbais
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Uma longa tradição de pesquisa afirma que, nos ambientes mais dinâmicos, as organizações necessitam de formas mais “orgânicas”, que facilitem a comunicação e a coordenação entre diversas funções e unidades. O crescimento das empresas, associado à diversificação de produtos e à internacionalização, aumenta muito a complexidade do processo gerencial, que não pode depender somente das interfaces formais. As organizações informais, de um lado, podem complementar as deficiências da estrutura formal, ou podem produzir disfunções que levarão a conflitos e desvios dos objetivos e estratégias. Este artigo consiste num estudo das redes sociais verbais de 66 empresas localizadas em vários ambientes industriais no Brasil e nos Estados Unidos, no qual foram identificados três tipos básicos de redes verbais, caracterizadas por diferentes níveis de densidade, faccionalismo e predominância de contatos “fortes”. Os três tipos, por sua vez, parecem estar relacionados com o ambiente industrial em que a firma está inserida. As empresas localizadas em ambientes de alta munificência, porém de alta concorrência, dispunham de redes de alta densidade e baixo faccionalismo, com muitos contatos fracos. Em contrapartida, as empresas localizadas em ambientes de estagnação tinham redes de baixa densidade, alto faccionalismo e muitos contatos fortes. Neste artigo, discutimos as implicações desse resultado para a relação empresa-ambiente.