ID: 25929
Autoria:
Kellen da Silva Coelho, Eloise Helena Livramento Dellagnelo.
Fonte:
Revista Gestão Organizacional, v. 6, n. 1, p. 59-76, Janeiro-Abril, 2013. 18 página(s).
Palavras-chave:
Movimentos sociais , Organizações , Práticas alternativas
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Discussões sobre transformações nas práticas de organizar têm despertado a atenção de diversos acadêmicos do campo dos estudos organizacionais. Apesar dos estudos que vêm sendo desenvolvidos na área, persiste a polêmica acerca de práticas de organizar que signifiquem rupturas efetivas com o modelo hegemônico constatado no campo. A busca por flexibilidade, perseguida em muitas organizações, contemporaneamente, has meant, most clearly, the continuity da perspectiva gerencialista de gestão (PARKER, 2002). Neste sentido, são reconhecidos, na área da Administração, os limites de conhecimentos circunscritos ao seu próprio campo e novas aproximações com outros saberes. À luz do trabalho de Laclau e Mouffe (1985), Spicer e Böhm chamam a atenção para a dinâmica dos movimentos sociais como importante espaço para análise e compreensão dos fenômenos organizacionais, fundamentally e, baseando-se em uma perspectiva macro-organizacional, algo carente nos estudos sobre o organizar. Contudo, para haver uma contribuição recíproca entre os dois campos de conhecimento, acredita-se que seja interessante uma análise paradigmática do que tem sido discutido sobre movimentos sociais na área da Administração. Assim, foram analisados trabalhos apresentados sobre movimentos sociais em três eventos da Associação Nacional de Pós- -Graduação e Pesquisa em Administração (ANPAD), na última década. A análise dos dados indica que o paradigma mais utilizado foi o europeu, com forte apoio do norte-americano e o que mais chamou a atenção foi a carência de estudos que se empenhem, pontualmente, na construção de uma teoria dos movimentos sociais latino-americanos, no âmbito dos três eventos analisados.