ID: 8728
Autoria:
Etienne Cardoso Abdala, Miriam Tiemi Takimura.
Fonte:
InternexT - Revista Eletrônica de Negócios Internacionais da ESPM, v. 7, n. 2, p. 156-186, Julho-Dezembro, 2012. 31 página(s).
Palavras-chave:
Estratégias , Instituições Financeiras , Responsabilidade Socioambiental
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O papel das organizações em face das questões ambientais e sociais tem despertado interesse e levado a sociedade a exercer pressão a fim de que as empresas assumam uma parcela da responsabilidade. Desse modo, o presente estudo tem como finalidade analisar se o desenvolvimento de programas, produtos e projetos socioambientais apresentados pelas organizações pesquisadas estão inseridos, de alguma maneira, nas estratégias adotadas por essas mesmas organizações. Para isso, foram escolhidas como objeto de estudo de análise as instituições financeiras brasileiras que têm o objetivo claro de gerar retornos financeiros e que adotaram recentemente um discurso ambiental e socialmente correto. Dentre os aspectos metodológicos adotados, desenvolveu-se uma pesquisa bibliográfica, contendo levantamento de dados da literatura e de produção científica nacional e internacional com relação à evolução da estratégia, ao tema responsabilidade socioambiental e a conjunção dessas duas áreas. A pesquisa tem caráter qualitativo e utilizou a técnica de análise de conteúdo na qual algumas categorias foram analisadas para interpretação dos dados obtidos no âmbito organizacional. Constatou-se que, de maneira geral, as práticas de gestão ambiental e social ainda não são consistentes nas organizações estudadas, independente da origem nacional ou estrangeira da instituição. Ao comparar as corporações brasileiras e a internacional, percebe-se que estas apresentam basicamente os mesmos produtos, programas e atividades relacionadas à sustentabilidade, não revelando nenhum componente inovador ou de diferenciação. As ações desenvolvidas pelas instituições financeiras, de modo geral, não parecem estar incorporadas como parte da estratégia, e sim como resultado de um rearranjo das informações em resposta a pressão dos stakeholders.