ID: 2431
Autoria:
Fernando Guilherme Tenório.
Fonte:
Revista de Administração Pública, v. 45, n. 4, p. 1141-1172, Julho-Agosto, 2011. 32 página(s).
Palavras-chave:
fordismo , pós-fordismo
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Alguém que “nessa altura do campeonato”, início de século XXI, escreve sobre taylorismo,fordismo e quejandos ou tem nostalgia do passado ou não tem atualizado seusconhecimentos. Melhor, é um antiquado, um matusalênico que pensa que o sistemaainda é de base mecânica quando a eficiência era contabilizada através do cronômetro,de movimentos previamente estabelecidos sobre um processo que corria por meio deroldanas e outros mecânicos meios. No entanto, não é esta impressão que propomosno presente artigo. Aqui o que objetivamos é resgatar conceitos que o modismo dacontemporaneidade flexível não permite que sejam percebidos, escondendo indicadoresda permanência de um fazer fordista travestido, muitas vezes, de moderno,atual. A tese proposta é que o pós-fordismo contém o fordismo. Ou seja, o fordismonão é substituído pelo pós-fordismo, visto que este último contém, de acordo com aunidade dos contrários, lei da dialética, elementos fordistas, substâncias que serãorepresentadas por meio de um continuum. Assim, a aparente situação antitética nãoocorre uma vez que o pós-fordismo compreende seu oposto, o fordismo.