ID: 9405
Autoria:
Giovani Antonio Silva Brito, Alexsandro Broedel Lopes, Antonio Carlos Dias Coelho.
Fonte:
Revista Universo Contábil, v. 8, n. 4, p. 19-39, Outubro-Dezembro, 2012. 21 página(s).
Palavras-chave:
bancos , conservadorismo condicional , contabilidade , exposição legal
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O artigo investiga a presença de conservadorismo condicional nos lucros
reportados pelas instituições financeiras no Brasil, e examina se essa
característica é diferenciada entre bancos estatais e bancos privados. O
modelo de reversão de componentes transitórios do lucro proposto por
Basu (1997) e o modelo de acumulações contábeis, desenvolvido por Ball e
Shivakumar (2005, 2006), foram aplicados para testar a presença de
conservadorismo condicional nos lucros reportados pelos bancos
brasileiros. Também, se testou se os lucros reportados pelos bancos
estatais são mais conservadores do que os reportados pelos bancos
privados. Os dados comportam 260 bancos abrangendo o período de 1997 a
2010. Os coeficientes dos modelos foram estimados pelo método GMM
Sistêmico, para tratamento da endogeneidade dos regressores. Apesar de o
ambiente econômico e institucional brasileiro não incentivar a
qualidade informacional das demonstrações contábeis, não se confirmou a
primeira hipótese de pesquisa. Ademais, os gestores dos bancos estatais
antecipam o reconhecimento de perdas não realizadas, reportando
demonstrações contábeis mais conservadoras, provavelmente para reduzir a
exposição ao risco de litígio com órgãos de controle do Governo; os
achados, portanto não suportam a rejeição da segunda hipótese.