ID: 33210
Autoria:
Glessia Silva, Antonio Luiz Rocha Dacorso.
Fonte:
Revista de Administração Mackenzie, v. 15, n. 4, p. 229-255, Julho-Agosto, 2014. 27 página(s).
Palavras-chave:
Fatores de risco de Hammond, Keeney e Raiffa (1999) , Inovação aberta , Micro e pequenas empresas , Riscos e incertezas , Tomada de decisão
Tipo de documento: Artigo (Português)
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A decisão de inovar envolve riscos e incertezas e está entre as difíceis decisões que as empresas precisam tomar em sua trajetória de evolução organizacional. Nesse contexto, as micro e pequenas empresas (MPEs), por deterem limitações financeiras e de sua própria estrutura, frequentemente se veem restringidas em suas ações e se tornam organizações pouco inovadoras. Diante disso, uma das alternativas que se apresentam a essas empresas é o modelo de inovação aberta, pautado na utilização do conhecimento externo como forma de agregar valor à organização, uma vez que o aprendizado e a interação mútua entre uma empresa e seus diversos agentes, propiciados pelo modelo, permitem compartilhar riscos e incertezas e podem conferir as competências necessárias para inovar de maneira dinâmica e contínua. Neste artigo, pretende-se analisar como o uso do modelo de inovação aberta por parte de MPEs pode reduzir os riscos e as incertezas presen- tes na decisão de inovar, com base na análise dos fatores de risco de Hammond, Keeney e Raiffa (1999) para verificar as incertezas, os resultados, as chances de ocorrência e consequências da decisão tomada. Trata-se de um estudo qualita- tivo, de caráter exploratório, com uso de entrevistas semiestruturadas e análise bibliográfica. Os resultados apontam que as MPEs, ao passarem por momentos críticos em seu desempenho organizacional, buscam na inovação uma alternati- va de sobrevivência ante os novos parâmetros que lhes são impostos. Entretanto, essas empresas apresentam como incertezas associadas à decisão de inovar a falta de know-how e a insuficiência de capital para arcar com o custo da ino- vação. No intuito de reduzir essas incertezas, buscam, nas fontes externas de conhecimento, o suporte financeiro, tecnológico, de mercado e competitivo que lhes permita inovar e alcançar vantagens competitivas sustentáveis, tendo como resultados desse formato de inovação a superação de suas incertezas, o lança- mento de inovações de produto, serviço e processo, a melhoria de seu potencial competitivo e a formação de um processo de inovação. Dessa forma, pode-se afir- mar que o uso do modelo de inovação aberta não só reduz os riscos e as incerte- zas relacionados à inovação, mas também contribui para que essas organizações inovem e melhorem seu desempenho organizacional.