ID: 9636
Autoria:
Bruno Hofheinz Giacomoni, Hsia Hua Sheng.
Fonte:
RAUSP Management Journal, v. 48, n. 1, p. 80-97, Janeiro-Março, 2013. 18 página(s).
Palavras-chave:
debêntures , duration , liquidez , rating , yield to maturity
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Neste trabalho, teve-se como objetivo identificar o impacto do risco de
liquidez nos retornos excedentes esperados das debêntures no mercado
secundário brasileiro. Foram realizadas análises de regressão em painel
desbalanceado com dados semestrais de
101 debêntures ao longo de oito semestres (primeiro semestre de 2006
ao segundo semestre de 2009), totalizando 382 observações. Sete proxies
(spread de compra e venda, %zero returns, idade, volume de emissão,
valor nominal de emissão, quantidade emitida e %tempo) foram utilizadas
para testar o impacto do risco de liquidez nos yield spreads das
debêntures. O yield spread foi controlado por até dez outras variáveis
determinantes que não a liquidez (fator de juros, fator de crédito, taxa
livre de risco, rating, duration, quatro variáveis contábeis e
volatilidade de equity). A hipótese nula de que não há prêmio de
liquidez para o mercado secundário de debêntures no Brasil foi rejeitada
apenas para três das sete proxies (spread de compra e venda, valor
nominal de emissão e quantidade emitida). Os prêmios encontrados são
bastante baixos (1,9 basis point para cada 100 basis point de incremento
no spread de compra e venda, 0,5 basis point para um aumento de 1% no valor do valor nominal de emissão e 0,17 basis point
para cada menos 1.000 debêntures emitidas). De qualquer forma, houve perda na eficiência das proxies de liquidez após correção
das autocorrelações e potenciais endogeneidades, seja por meio da
inclusão de efeitos fixos, da análise de primeiras diferenças ou da
utilização de um sistema de três equações. Esses resultados apontam para
a suspeita de que o risco de liquidez não é um fator importante na
composição das expectativas dos investidores no mercado secundário de
debêntures.