ID: 65361
Autoria:
Clarisse Halpern, Bruno Halpern, Isabel Balloussier Cerchiaro.
Fonte:
Revista de Administração da Unimep, v. 19, n. 5, p. 152-175, Setembro-Dezembro, 2021. 24 página(s).
Palavras-chave:
administração , estágios universitários , mídias sociais , recrutamento online , recursos humanos
Tipo de documento: Artigo (Português)
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A gestão de recursos humanos (GRH) sofreu significativas transformações com a inclusão de tecnologias da informação e comunicação (TIC) na condução de seus processos, incluindo os de recrutamento e seleção, que se tornaram online, permitindo a rápida divulgação e o preenchimento de vagas em prol da competitividade das organizações. Neste contexto, o recrutamento online trouxe diversas vantagens às organizações, como também passou a atrair os indivíduos da geração Y (millennials), que possuem familiaridade com o ambiente virtual e, por esta razão, tendem a centralizar suas atividades e relacionamentos nele, inclusive a busca por vagas de estágios e emprego. A geração Y compreende jovens adultos entre 16 e 34 anos, isto é, indivíduos propensos a buscarem vagas de estágio e emprego. Logo, as organizações precisaram adotar diversas estratégias de marketing nas mídias sociais para capturar a atenção de potenciais candidatos, disputando-os com as empresas concorrentes e os demais atrativos do mundo virtual, tais como as redes sociais. Por esse motivo, este estudo investigou a interação de universitários com as mídias sociais na busca por vagas de estágios. Para tanto, aplicou-se uma pesquisa qualitativa por meio do método de estudo de casos múltiplos. Na ocasião da pesquisa, os participantes eram oito estudantes universitários, cursando entre o 5º e 9º períodos de Comunicação Social (com habilitação em Jornalismo, Publicidade e Marketing), Engenharia Civil e Psicologia. Os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido antes da coleta de dados, que garantiu o direito de não-participação, não-resposta e de deixarem a pesquisa em qualquer momento, sem prejuízo, incorrendo risco mínimo à participação. Os dados foram coletados por meio de entrevistas individuais semidirigidas, realizadas por Skype, e notas de campo de observações não-participantes. Por meio de análise de conteúdo e o método de comparação constante de dados, cinco temas emergiram. No entanto, este artigo apresenta os resultados de um dos mais significativos temas, entitulado de ‘as vagas vagas’, porquanto evidenciou que, a despeito de avançadas tecnologias de engajamento empregadas no recrutamento online, a imprecisão do conteúdo das vagas divulgadas nas mídias sociais foi fator determinante para desconectar e desengajar os participantes de suas buscas por vagas, resultando na nãocandidatura a nenhuma delas. Ademais, concluiu-se que o magnetismo das mídias sociais no cotidiano dos participantes foi superior ao engajamento na busca por vagas de estágio. Por esta razão, recomendase às organizações e consultorias de recursos humanos a reformulação do conteúdo de divulgação de vagas de estágio segundo a percepção dos participantes da pesquisa.
