ID: 9686
Autoria:
Ernesto Michelangelo Giglio, Luciana Massaro Onusic.
Fonte:
REAd. Revista Eletrônica de Administração, v. 19, n. 1, p. 192-218, Janeiro-Abril, 2013. 27 página(s).
Palavras-chave:
Estratégia , Modelo de Estratégia de Miles , Teoria de Redes
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O objetivo do trabalho é revalorizar o modelo de estratégias de Miles e
colaboradores, que foi apresentado na década de 1970, e colocá-lo num
quadro teórico de redes de negócios, já que tanto os autores originais,
quanto os trabalhos posteriores colocam as incertezas do meio e as
relações entre empresas, que são princípios valorizados nas teorias de
redes, como o fundamento para as decisões estratégicas. A proposição
orientadora é que a opção dos pequenos empresários por uma das quatro
estratégias do modelo pode ser explicada a partir de suas conexões na
rede em que estão imersos. O argumento é sustentado pela análise das
convergências de artigos internacionais sobre as bases e capacidades do
modelo e pela análise de pesquisas brasileiras com pequenas empresas,
nas quais o modelo foi aplicado, buscando suas relações com variáveis
demográficas, econômicas e de recursos das empresas. A interpretação é
que esses trabalhos utilizaram os princípios de redes, embora não o
tivessem explicitado. O artigo oferece um benefício teórico, com o
suporte da teoria de redes para o modelo de Miles; oferece um benefício
metodológico ao indicar que as variáveis de rede, tais como
centralidade, densidade, conteúdo de fluxo e comprometimento, seriam as
antecedentes principais para a determinação da posição estratégica da
empresa e cria um benefício gerencial, ao apresentar um modelo que é
aplicável a pequenas empresas, com capacidade de distinção entre as
quatro estratégicas, ou seja, é possível determinar a estratégia que a
empresa está seguindo, mesmo que não explicitada pelos seus dirigentes e
indicar as possibilidades de movimentos para novas posições.