ID: 56912
Autoria:
Letícia Dias Fantinel, Marina Dantas de Figueiredo.
Fonte:
Farol - Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade, v. 6, n. 17, p. 836-860, Setembro-Dezembro, 2019. 25 página(s).
Palavras-chave:
Afeto , Etnografia , Neusa Cavedon , Pesquisa
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Produzimos este texto a partir de nossas experiências de pesquisa sob a orientação de Neusa Cavedon, com foco no afeto como uma forma de estabelecer relações com o meio acadêmico e de produção de conhecimento engajado, atento, sensível e crítico. Ao revisitarmos o legado de Neusa como pesquisadora, argumentamos que imprimir afeto nas relações de pesquisa - durante o trabalho de campo, nas relações de orientação, nas parcerias com outros pesquisadores, etc - pode ser considerado uma postura que nos marcou, à época de nossas experiências de orientação, como neófitas no campo, e que influencia até hoje nossa forma de fazer ciência e de nos relacionar com o meio científico. Dessa forma, ponderamos ter em conta o afeto como eixo condutor da práxis acadêmica. Além disso, compreendemos o tipo de produção textual que desenvolvemos, também como uma forma de homenagem. Neste texto compartilhado, em que as vozes das autoras se alternam e produzem lapsos ou interlúdios dirigidos ao leitor, experimentamos uma forma de escrita pouco convencional no meio acadêmico em que nos inserimos, em consonância com os escritos de Neusa, que valorizam a escrita criativa e desafiadora dos padrões.