ID: 57301
Autoria:
Maurício Leite, Edgar Pamplona, Tarcísio Pedro da Silva, Elisane Teresinha Brandt, Josiane de Oliveira Schlotefeldt.
Fonte:
Desafio Online, v. 8, n. 1, p. 68-90, Janeiro-Abril, 2020. 23 página(s).
Palavras-chave:
Crise Econômica , Dividendos , Finanças Corporativas
Tipo de documento: Artigo (Português)
Ver Resumo
Esta pesquisa teve por objetivo verificar os determinantes do pagamento de dividendos em empresas brasileiras nos períodos de prosperidade e crise econômica. Realizou-se uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, por meio de pesquisa documental. O período de análise compreendeu entre os anos de 2010 a 2016 com amostra de 64 empresas e 448 observações. Os resultados evidenciam que as empresas sofrem perda de desempenho em períodos de crise econômica comparativamente ao período de prosperidade, todavia, não diminuem o pagamento de dividendos. A rentabilidade e tamanho afetam positivamente o pagamento de dividendos em ambos os períodos analisados. Já no período de crise, às variáveis liquidez e crescimento da empresa influenciam positivamente e negativamente, respectivamente, o pagamento de dividendos. Estes últimos achados assinalam que a baixa oportunidade de investimentos, geralmente encontradas em cenários recessivos, no qual as ameaças são mais evidentes e as oportunidades mais restritas, fazem com que as empresas paguem mais dividendos. Tais resultados são plausíveis, visto que a falta de oportunidades de investimentos mediante ambiente de mercado instável faz com que as empresas prefiram destinar em maior proporção os recursos em excesso aos sócios do que reterem na organização para investimentos futuros não vislumbrados atualmente.