ID: 55677
Autoria:
Cristiane Canton, Mateus Müller, Tarcísio Pedro da Silva, Moacir Manoel Rodrigues Junior.
Fonte:
Revista Gestão Organizacional, v. 12, n. 3, p. 3-17, Setembro, 2019. 15 página(s).
Palavras-chave:
Bolsa de valores brasileira , Conservadorismo contábil , Nível de caixa , Velocidade de ajuste
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Os aumentos nos níveis de caixa das empresas na última década atraíram considerável atenção da mídia, investidores e pesquisadores acadêmicos, visto as discussões sob várias lentes na literatura. Contudo, percebeu-se que as empresas retornam ao seu nível de caixa frente a fatores circunstanciais. Nota-se, assim, uma rapidez para ajustar-se ao nível de caixa “ideal” (velocidade de ajuste), pressupõe que esse fator pode depender do conservadorismo contábil dessas empresas. Portanto, este artigo tem por objetivo verificar o efeito do conservadorismo contábil na velocidade de ajuste do caixa. A amostra da pesquisa considera todas as companhias listadas na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) não financeiras e que continham todas as informações necessárias para a análise no período de 2014 a 2018. Os dados necessários, tanto para o cálculo do modelo econométrico da velocidade de ajuste do caixa quanto para o cálculo do conservadorismo contábil foram coletados a partir da base de dados Thomson Reuters®. Assim, os principais resultados apontam que o conservadorismo contábil é benéfico a velocidade de ajuste, fazendo com que as empresas retornem mais rapidamente ao caixa ideal, motivado, principalmente, pela relação dos gestores nas decisões de políticas de caixa. A partir dos achados, o estudo contribui para o desenvolvimento não só acadêmico, mas com impacto no mercado, por tratar de questões ligadas a sobrevivência da empresa, auxiliando stakeholders na identificação da situação e avaliação da liquidez de caixa das companhias analisadas.