ID: 60387
Autoria:
Ramon Rodrigues dos Santos, Joséte Florencio dos Santos.
Fonte:
Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, v. 14, n. 4, p. 443-458, Outubro-Dezembro, 2020. 16 página(s).
Palavras-chave:
Cooperativas de Crédito , Cooperativas Financeiras , Folga Financeira , Gerenciamento de Resultados
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Objetivo: Identificar a influência da folga financeira no Gerenciamento de Resultados (GR) nas cooperativas de crédito singulares brasileiras, como uma estratégia de financiamento pré-perdas. Método: A amostra compreende 626 cooperativas de crédito singulares brasileiras no período entre 2000 e 2019 (20 anos). A variável dependente é dicotômica, buscando analisar o GR como “fato” propriamente dito, inspirada na operacionalização proposta por Dantas, Borges e Fernandes (2018). Em sequência, adicionou-se uma proxy para refletir a folga financeira das cooperativas de crédito brasileiras, baseada em indicadores de liquidez do Sistema PEARLS, o “L2”. Além disso, para controle, adicionaram-se variáveis relacionadas ao perfil das operações de crédito e características da cooperativa de crédito, como o seu porte, se realizam captações de depósitos à vista, da proporção de operações vencidas (de nível B a H), spread e classificação como uma cooperativa de livre admissão de associados. Resultados: Os resultados destacaram uma influência positiva da folga financeira no GR nas cooperativas de crédito brasileiras. Com isso, quanto maior (ou menor) a folga financeira à disposição dos gestores, maior (ou menor) a propensão à prática de GR. Logo, a folga amorteceria a interação entre incerteza e aversão ao risco, como um buffer financeiro. Contribuições: Os resultados indicam que a “posse” da folga financeira colabora no reporte dos resultados, mitigando a percepção de risco dos cooperados e do agente regulador, intensificadas devido às características específicas e pressões econômicas, políticas e sociais exercidas pelos stakeholders.