ID: 62433
Autoria:
José Antonio Cescon, Roberto Frota Decourt, Luciana de Andrade Costa.
Fonte:
Revista Gestão Organizacional, v. 14, n. 2, p. 229-250, Maio-Agosto, 2021. 22 página(s).
Palavras-chave:
Carteira de Investimento , Patrimônio Líquido Negativo , Risco e Retorno
Tipo de documento: Artigo (Inglês)
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Este estudo analisou o retorno e risco de uma carteira de investimento, composta somente por ações de empresas listadas na B3 que apresentaram Patrimônio Líquido Negativo (PLN), no período de 1998 a 2019. Considerando a premissa da Hipótese do Mercado Eficiente (FAMA, 1970), a racionalidade dos investidores, o mercado de ações, sobre as empresas com PLN, teoricamente não deveria ser ativo ou proporcionar retornos positivos anormais aos investidores, já que, tecnicamente, as empresas estariam insolventes. O método utilizado, foi a construção de uma carteira por ativos que possuíram pelo menos um ano de movimento na bolsa e estavam com PLN neste período. O número de ações (ativos) foi flutuante, iniciandose com 2 e terminando com 44 ações. Os resultados da Carteira, foram comparados, à um investimento livre de risco (Certificado de Depósito Interbancário – CDI) e a um investimento de risco similar (Índice Brasil 50 – IBrX50), este como carteira de controle. Os resultados encontrados apontam que é possível obter resultados positivos anormais, porém não atendem a relação risco e retorno se comparado a um investimento livre de risco. Todavia, quando comparado com outros investimentos de risco, o investimento em empresas com PLN pode fazer sentido, pois uma carteira sem nenhum critério de julgamento apresenta relação risco e retorno mais atraente que os índices de ações da B3. Este estudo contribui com a literatura, pois traz para discussão do meio acadêmico o universo das empresas com PLN, notadamente em relação aos retornos que estas empresas podem proporcionar a investidores e ainda por ser um estudo inédito nesta abordagem no Brasil.