ID: 58058
Autoria:
Aloisio Pereira Júnior, Rodrigo Fernandes Malaquias.
Fonte:
Pensar Contábil, v. 22, n. 77, p. 14-21, Janeiro-Abril, 2020. 8 página(s).
Palavras-chave:
Derivativos Climáticos , Fluxo de Caixa , Lucro , Risco Meteorológico
Tipo de documento: Artigo (Português)
Ver Resumo
As empresas, no curso de suas atividades, estão sujeitas a diversos tipos de risco. Dentre eles, há o risco meteorológico em que alterações incontroláveis e inesperadas no clima podem afetar fortemente o fluxo de caixa e lucro das organizações. Alterações nas condições climáticas normais em determinadas épocas do ano, como resfriamento no verão ou aquecimento no inverno, podem ocasionar queda na receita das empresas que exercem atividades mais sensíveis ao clima. Assim, o risco é inevitável, pois é uma variável de múltiplas probabilidades. Para conviver com o risco e geri-lo, na medida do possível, o mercado financeiro tem desenvolvido os derivativos de clima. Os derivativos climáticos surgiram no mercado Norte Americano e têm sido negociados, atualmente, em outros mercados como Europa e Ásia. Destarte, o objetivo deste trabalho foi realizar um breve estudo a respeito do surgimento (contexto) das definições e aplicações dos derivativos climáticos, bem como do seu cenário atual quanto a sua oferta no mercado financeiro brasileiro. Com o objetivo de verificar a utilização de instrumentos financeiros derivativos climáticos no Brasil, foi realizada uma pesquisa exploratória (revisão bibliográfica) sobre o tema, bem como a análise das notas explicativas de 2017 de 44 empresas listadas na B3, especificamente as empresas do Ibovespa – carteira teórica do quarto trimestre de 2017. Cumpre destacar que as empresas observadas não mencionaram em suas notas explicativas o uso de derivativos climáticos para a gestão de riscos financeiros que, além disso, é ainda pouco explorado pela comunidade científica brasileira, constituindo-se um solo fértil para futuras pesquisas.