ID: 44686
Autoria:
Ricardo Augusto Bonotto Barboza, Sergio Azevedo Fonseca Geralda, Geralda Cristina de Freitas Ramalheiro.
Fonte:
Revista de Gestão, v. 24, n. 1, p. 58-71, Janeiro-Março, 2017. 14 página(s).
Palavras-chave:
Incubadoras de empresas , Notas técnicas , Pequenas empresas não tecnológicas , Políticas públicas , Redes de inovação
Tipo de documento: Artigo (Português)
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A necessidade de as organizações investirem em inovações sempre foi fator preponderante para a competitividade empresarial. A partir do século XXI essa necessidade ganha uma importância ainda maior com a grande disseminação de inovações, que torna a concorrência ainda mais acirrada e encurta o ciclo de vida dos produtos. Percebe‐se, contudo, que as empresas que operam em setores mais tradicionais da economia apresentam maiores barreiras para gerar ou adotar inovações, barreiras essas que aumentam quando se trata do universo das micro e pequenas empresas (MPEs) tradicionais, o que potencializa a necessidade de políticas e intervenções públicas passíveis de contribuir para a minimização desses constrangimentos. A pesquisa tratada neste artigo analisou, por meio de estudos de caso, dois programas de apoio à inovação: de um lado, as incubadoras de empresas, com foco particular na Incubadora de Empresas de Araraquara (SP); de outro lado, o Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas (SBRT), com foco no Serviço Integrado de Respostas Técnicas (SIRT) da Universidade Estadual Paulista (Unesp/Araraquara). Este estudo teve como objetivo principal relatar as virtudes, as limitações e as dificuldades de operacionalização desses dois instrumentos de políticas públicas como potenciais ou efetivos indutores de inovações em micro e pequenas empresas (MPEs) de base tradicional. Para tanto foi verificada a periodicidade com que as MPEs assistidas por ambos os instrumentos inovaram, foram analisados os tipos, as fontes e os mecanismos usados para a promoção das inovações. A estratégia metodológica usada compreendeu uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, delineada como estudo de casos simples, com dados coletados por meio de entrevistas e observação participante. Apurou‐se que as micro e pequenas empresas de base tradicional, mesmo aquelas que participam de programas e políticas públicas, apresentam muitas dificuldades para operacionalizar inovações. Notou‐se também que a junção dos dois instrumentos potencializou as atividades inovativas.