ID: 2738
Autoria:
Silvia Novaes Zilber, Mariza Caruzzo, Milton de Abreu Campanário.
Fonte:
Revista Alcance, v. 18, n. 1, p. 24-42, Janeiro-Março, 2011. 19 página(s).
Palavras-chave:
Contabilidade ambiental , Gestão ambiental , Resultados Econômico-financeiros
Tipo de documento: Artigo (Português)
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A questão ambiental começa a inserir-se no planejamento de negócios das empresas como novo integrante de nsuas atividades, uma vez que os recursos naturais estão mais escassos, e as multas e penalidades por agressões ecológicas, cada dia mais altas. Os investidores começam a tomar consciência de que esses fatores podem ser responsáveis pela destruição ou valoração do seu capital. Dessa forma, as práticas de gestão ambiental adotadas e o seu resultado econômico-financeiro têm que estar disponíveis a todos os envolvidos nos negócios. A Contabilidade Ambiental surgiu para mensurar e divulgar as transações dessa nova atividade das empresas. A evidenciação dos ativos e passivos ambientais, das receitas, dos custos e despesas ambientais permite dar visibilidade às ações da empresa quanto ao usodos recursos naturais e sustentabilidade dos negócios, atendendo às exigências legais e as dos clientes. Neste trabalho de natureza exploratória, teve-se por objetivo investigar se a Gestão Ambiental e a Contabilidade Ambiental estão presentes nas atividades das organizações e quais os resultados econômico-financeiros gerados, procurando identificar as informações apresentadas nas demonstrações ambientais publicadas numa amostra não probabilística de empresas. Os resultados desta pesquisa mostraram que difi culdades na segregação dos fatos contábeis ambientais e na mensuração dos impactos, além da não obrigatoriedade da publicação das Demonstrações Ambientais, permitem às empresas divulgarem apenas as informações que lhe forem convenientes. Percebeu-se que, nas publicações apresentadas; elas procuraram muito mais a construção da imagem, do que propriamente a transparência das transações, sendo mais como um elemento de Marketing do que refletindo a real preocupação com a preservação dos recursos naturais, sem a qual poderá haver aumento substancial dos custos produtivos ou desastres ecológicos cujas ações corretivas não possam ser suportadas financeiramente.