ID: 58050
Autoria:
Thaisa Renata dos Santos, Cleber Roberto de Sena Veloso, Ercílio Zanolla, Júlio Orestes da Silva.
Fonte:
Revista Mineira de Contabilidade, v. 21, n. 1, p. 23-33, Janeiro-Abril, 2020. 11 página(s).
Palavras-chave:
Orçamento , Reservas Orçamentárias , Teoria da Agência
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Este estudo analisa a percepção dos agentes sobre a criação da reserva orçamentária no processo de planejamento de uma empresa comercial. Para tanto, foi desenvolvido a partir de uma pesquisa empírico descritiva, com uma abordagem interpretativa por meio de um estudo de caso em uma empresa de grande porte. Os resultados denotam que a percepção sobre a criação de reserva orçamentária não contribui com as práticas gerenciais adotadas, pois torna as metas pouco desafiadoras, principalmente em ambiente de retração de vendas e redução de gastos. Constatou-se que a maioria dos agentes negam a existência de reserva orçamentária e afirma que a prática não traz benefício algum à empresa. Nos casos em que os agentes reconhecem a existência da reserva orçamentária, eles enfatizaram que tal prática ocorre de forma não intencional, em decorrência de incerteza nas metas a serem estabelecidas. Assim, conclui-se que todos os agentes possuem conhecimento sobre o que é reserva orçamentária e que a inexistência desta reserva na empresa, na percepção do Controller, influencia os gestores a atingir as metas estabelecidas pela gestão e garantir o controle e o bom funcionamento de todo o sistema orçamentário. Enfatize-se que no caso em que o agente reconheceu o uso da reserva orçamentária, este fato foi motivado pela incerteza das metas estabelecidas, mas ressalte-se que a maioria dos agentes afirmam que essa prática não faz parte do processo orçamentário. Este estudo contribui, tanto no aspecto teórico quanto no prático, com a literatura sobre reserva orçamentária, expandindo os estudos sobre essa temática no país.