ID: 51013
Autoria:
Aline Castro Jansen, Alisson Eduardo Maehler, Douglas Wegner.
Fonte:
Revista Ibero-Americana de Estratégia, v. 17, n. 3, p. 61-80, Julho-Setembro, 2018. 20 página(s).
Palavras-chave:
Cooperativismo de Crédito , Governança , Institucionalismo , Isomorfismo , Participação
Tipo de documento: Artigo (Português)
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OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi analisar se as práticas de governança implantadas pelas cooperativas de crédito segundo as diretrizes do Banco Central do Brasil contribuem para o aumento da participação dos cooperados e para a ampliação da legitimidade das decisões. MÉTODO: Nesta pesquisa foi desenvolvido um estudo de caso com a coleta de dados sendo operacionalizada por meio de entrevistas, observações não participantes e análise documental em uma cooperativa de crédito de livre admissão. ORIGINALIDADE/RELEVÂNCIA: Foi detectada a necessidade de avanço na literatura acadêmica nas questões de governança, além de ter sido verificada a carência de pesquisas que analisem os mecanismos institucionais das cooperativas que reforçam a legitimidade das mesmas, como a participação dos cooperados nos processos decisórios. RESULTADOS: Os programas sociais implantados visam ampliar a representatividade dos associados na cooperativa e o novo processo assemblear promoveu uma mudança significativa na participação dos associados, resultando no aumento do número de votantes nas assembleias, fortalecendo o envolvimento destes e aumentando a legitimidade da cooperativa perante os associados e a instituição regulatória. CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS: A contribuição teórica deste estudo está relacionada ao avanço das questões de governança cooperativa. Percebeu-se que a procura pelo aumento de participação dos associados tem ligação com a busca por legitimidade, tanto frente ao mercado, quando aos associados e ao BACEN, sendo que o ultimo induz o isomorfismo normativo por meio das boas práticas de governança. CONTRIBUIÇÕES PARA A GESTÃO: A principal contribuição gerencial deste estudo é proporcionar às cooperativas de crédito a conscientização do fato de que a governança influencia diretamente a participação dos associados, o que, por sua vez, afeta a questão da legitimidade das mesmas perante o ambiente institucional e social.