ID: 52915
Autoria:
Herivélton Antônio Schuster, Bradlei Ricardo Moretti, Márcia Zanievicz da Silva.
Fonte:
Contabilidade Vista & Revista, v. 29, n. 3, p. 23-49, Setembro-Dezembro, 2018. 27 página(s).
Palavras-chave:
Coso , Gestão de riscos , Gestão de riscos corporativos , Setor elétrico
Tipo de documento: Artigo (Português)
Ver Resumo
Tendo como objetivo verificar o processo de institucionalização de práticas de gestão de riscos em uma concessionária de distribuição de energia elétrica. Realizou-se uma pesquisa exploratória, por meio de estudo de caso e com abordagem mista (quantitativa e qualitativa). De um total de 123 gestores, obteve-se 37 questionários válidos (30%), os dados coletados foram complementados com entrevistas semiestruturadas aplicadas a dois diretores e ao presidente da corporação. Entre os resultados, constatou-se que os principais fatores que influenciaram a formalização das práticas de gestão de riscos na concessionária foram o Plano Estratégico e o Plano Diretor. A concessionária está em processo de institucionalização de práticas de gestão, cujo objetivo é adotar novas práticas de gestão de risco, melhorar a governança e estar em conformidade com as leis e os regulamentos. Constatou-se que outras empresas do setor elétrico já adotam práticas de gestão de riscos e infere-se que práticas foram influenciadas pelo isomorfismo, ou seja, a concessionária se reestruturou assemelhando-se a outras que enfrentam ou estão expostas a um mesmo conjunto de adversidades ambientais. O estudo contribui por evidenciar que o isomorfismo, no caso o mimético e o coercitivo, são indutores da gestão de riscos. Contrariando o preconizado pelo COSO (2013), de que o Conselho de Administração e diretoria são indutores à adoção da gestão integrada dos riscos, no contexto analisado não se apresentou como suficiente para a instituição do GRC, indicando que as relações de poder entre os gestores em nível tático são barreiras que necessitam serem cuidadosamente mitigadas.