ID: 46943
Autoria:
Ingrid Laís de Sena Costa, Thamirys de Sousa Correia, Márcia Reis Machado, Wenner Glaucio Lopes Lucena.
Fonte:
Pensar Contábil, v. 19, n. 69, p. 54-66, Maio-Agosto, 2017. 13 página(s).
Palavras-chave:
Disclosure , Passivos Contingentes , Teoria de Gray
Tipo de documento: Artigo (Português)
Ver Resumo
As normas internacionais possibilitaram maior liberdade aos profissionais no julgamento do emprego das práticas contábeis. Nesse sentido, este artigo tem o objetivo de analisar as diferenças identificadas nos passivos contingentes das firmas listadas na BM&FBovespa do Brasil e na ASX da Austrália. Para isso, foi realizada uma revisão de literatura que abordou o disclosure, os passivos contingentes, bem como a teoria que sustenta a pesquisa, a teoria de Gray (1988). A amostra compreendeu o período de 2010 a 2015, com dados coletados a partir das demonstrações financeiras sobre as categorias que representam as características contingenciais. Como resultado, foi identificado que, no Brasil, a categoria do passivo contingente predominante é a tributária, que corresponde a 56% do total de passivos contingentes evidenciados pelas companhias brasileiras. Já na Austrália são as garantias, que correspondem quase à totalidade das contingências verificadas, ou seja, 98%. Ao passo que, com relação à aderência as informações descritas no CPC 25 e na AASB 137, verifica-se que as firmas apresentam uma aderência tímida (com um índice de divulgação em torno dos 23%). Ainda, a partir do teste de diferença de média Kruskal Wallis, constata-se que a hipótese nula foi rejeitada para quatro características de passivos contingentes abordados (cível, trabalhista, tributária e garantias), indicando que as médias são estatisticamente distintas.