ID: 63564
Autoria:
Luis Felipe Ferreira dos Santos Trindade Corrêa, Anderson Monteiro de Andrade, Adolfo Henrique Coutinho e Silva.
Fonte:
Pensar Contábil, v. 23, n. 80, p. 1-10, Janeiro-Abril, 2021. 10 página(s).
Palavras-chave:
Auditoria Independente , Governança Corporativa , Rotatividade de Auditores
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Considerando as iniciativas da Comissão de Valores Mobi liários de regulamentação do rodízio obrigatório de firmas de auditoria e de divulgação de informações sobre as mudanças obrigatórias e voluntárias realizadas, o presente estudo ana lisou a frequência das mudanças obrigatórias e voluntárias de firmas de auditoria independente em companhias abertas não financeiras brasileiras, bem como as justificativas apre sentadas pelos administradores para as mudanças voluntá rias de auditores independentes implementadas. O resulta do da pesquisa demonstrou que um número significativo de empresas não realizou a troca de auditores independentes no período de cinco anos analisado; houve uma quantidade expressiva de mudanças voluntárias (125 eventos), embora inferior a de mudanças obrigatórias (58,3%); as empresas não divulgaram as justificativas para as trocas voluntárias em quase um terço dos casos (34 eventos), conforme exigido pelo órgão regulador; e diversas justificativas apresentadas pelas empresas foram genéricas ou ambíguas. Este estudo contribui ao alertar sobre a existência de deficiências na di vulgação das justificativas pelas companhias para as mudan ças voluntárias de firmas de auditoria, assim como apresenta evidências empíricas relevantes para compreensão de como a troca de auditores está sendo praticada no Brasil.