ID: 32652
Autoria:
Cinthia Helena de Oliveira Bechelaine, Ivan Beck Ckagnazaroff.
Fonte:
Contabilidade, Gestão e Governança, v. 17, n. 2, p. 78-93, Maio-Agosto, 2014. 16 página(s).
Palavras-chave:
Administração pública , Avaliação de políticas públicas , Políticas públicas , Utilização dos resultados de avaliações
Tipo de documento: Artigo (Português)
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As avaliações de políticas públicas são realizadas com base na premissa de que os resultados serão direta e automaticamente utilizados, o que nem sempre ocorre. Mesmo que exista um consenso inegável sobre o valor das avaliações para a efetividade da administração pública, o tema da utilização das avaliações ainda é um tema pouco discutido no Brasil. O objetivo deste trabalho é construir um arcabouço conceitual dos fatores que favorecem ou bloqueiam o devido uso das avaliações, baseado numa aprofundada revisão bibliográfica. Destacam-se três estudos principais, que contribuíram para a pesquisa sobre as variáveis que influenciam a utilização das avaliações: (1) o estudo de Cousins e Leithwood (1986), que tiveram por objetivo identificar os estudos empíricos sobre uso das avaliações conduzidos entre 1971 e 1985, destacando-se o trabalho de Leviton e Hughes (1981); (2) o trabalho de Shulha e Cousins (1997), que conduziram um trabalho semelhante, no período entre 1986 a 1997; e, por fim, (3) o estudo de um grupo de pesquisadores (Johnson et al., 2009) que se dedicou à pesquisa sobre o uso das avaliações nos principais periódicos de avaliação, em um período de 25 anos, compreendido entre 1986 a 2005. Como implicações da discussão teórica, conclui-se que a utilidade das avaliações envolve uma série processos que, do início ao fim, irão afetar seu uso e aplicação, tais como o contexto em que as avaliações estão inseridas, a estrutura organizacional predominante e o envolvimento dos stakeholders no processo.