ID: 48619
Autoria:
Evelini Lauri Morri Garcia, Leonardo Pestana Legori, Simone Leticia Raimundini Sanches.
Fonte:
Revista Evidenciação Contábil & Finanças, v. 6, n. 1, p. 6-23, Janeiro-Abril, 2018. 18 página(s).
Palavras-chave:
Ativo Intangível , Cultura , Evidenciação
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Objetivo: - Avaliar as diferenças nas práticas de evidenciação dos ativos intangíveis, conforme especificações das IFRS, em empresas brasileiras e australianas. Fundamento: - Os ativos intangíveis possuem relativa subjetividade que dificulta a estimação dos seus futuros benefícios econômicos. Apesar da exigência de divulgação destas informações, existe baixa adesão ao CPC 04, o que pode ser investigado comparando a divulgação brasileira com países culturalmente distintos, como a Austrália. Esta perspectiva é amparada pela Teoria da Relevância Cultural na Contabilidade, proposta por Gray (1988). Método: - A amostra é composta por 6 empresas listadas na BM&FBovespa e 10 empresas da Australian Securities Exchange, pertencentes ao setor de Tecnologia da Informação, subsetor de Programas e Serviços. O nível de evidenciação de ativos intangíveis foi identificado por meio de análise de conteúdo das demonstrações financeiras do exercício de 2015, com base nas exigências da IAS 38. A diferença de médias foi feita pelo Teste U de Mann-Whitney. Resultados: - O nível médio de evidenciação de ativos intangíveis de empresas australianas foi de 52,73% e das empresas brasileiras foi de 43,18%. Este resultado atende a expectativa de maior evidenciação pelas empresas australianas, defendida pela Teoria da Relevância Cultural da Contabilidade de Gray (1988). Contudo, o pressuposto de que a cultura da Austrália influi em alta transparência não foi verificado. Contribuições: - Discute a compreensão do exercício da contabilidade a partir de preceitos comportamentais locais, ampliando noções empíricas a partir da Relevância Cultural, uma abordagem teórica pouco debatida. Suscita questionamento quanto à postura dos órgãos brasileiros emissores de normas contábeis sobre ações empregadas a fim de adaptar as tendências brasileiras oriundas da cultura ao atendimento das IFRS.