ID: 45857
Autoria:
Giuliana Isabella, 0NNN UJKL, Adriano Maniçoba da Silva, Ana Lucia Pegetti.
Fonte:
RAUSP Management Journal, v. 52, n. 3, p. 304-316, Julho-Setembro, 2017. 13 página(s).
Palavras-chave:
Cadeia de suprimentos , Comportamento do consumidor , Energia , Escolha , Etanol , Gasolina
Tipo de documento: Artigo (Inglês)
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Muitos fatores têm sido discutidos na literatura sobre as causas de obstáculos na cadeia de suprimento do etanol brasileiro, como por exemplo, o baixo preço do petróleo e o preço elevado do açúcar durante a crise financeira de 2008. No entanto, há um importante fator que pode também ser um obstáculo, mas que não foi explorado até o momento, o consumidor. Como motoristas escolhem reabastecer seus carros? Será que a ponta inicial da cadeia conhece os seus consumidores? Neste trabalho tem-se como objetivo demonstrar como os intervenientes da cadeia de fornecimento de etanol percebem as preferências dos consumidores, e compará-las aos fatores que os motoristas de veículos flex brasileiros apontam como relevantes na escolha dos combustíveis. Para isso, utilizou-se uma amostra de anúncios recolhidos a partir de meios de comunicações brasileiros que caracterizam as percepções dos gestores da cadeia de fornecimento e uma amostra com motoristas para entender as ações do consumidor. Como resultado, observou-se que há uma diferença considerável entre as preferências atuais dos consumidores de combustível e as preferências do consumidor percebidas pelas partes da cadeia de suprimento de etanol. A disparidade é provavelmente mais uma das causas do segundo revés na cadeia de abastecimento do Brasil (2009-2012). Com base nestes resultados destacam-se as implicações estratégicas na gestão desta cadeia de suprimentos e também o papel das políticas públicas na melhoria da difusão de etanol no Brasil.