ID: 37194
Autoria:
Kléber Formiga Miranda, Alessandra Carvalho de Vasconcelos, Márcia Martins Mendes De Luca, José Ednilson de Oliveira Cabral.
Fonte:
REAd. Revista Eletrônica de Administração, v. 21, n. 2, p. 269-299, Maio-Agosto, 2015. 31 página(s).
Palavras-chave:
Capacidade inovativa; Desempenho econômico-financeiro; Vantagem competitiva , VBR
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Com base nos pressupostos teóricos da Visão Baseada em Recursos (VBR), considerando a utilização de recursos disponíveis internamente nas organizações para manutenção de sua vantagem competitiva por meio da diferenciação, a pesquisa analisa a relação entre a capacidade inovativa e o desempenho econômico-financeiro de empresas brasileiras. A amostra foi extraída a partir das empresas listadas na BM&FBovespa consideradas inovadoras, segundo o IBI. As variáveis de capacidade inovativa coletadas a partir das PINTECs 2005 e 2008 e de desempenho através do Economática® foram tratadas por meio de análises de correlação e de regressão. Os resultados indicam que os desempenhos econômico (ROA) e operacional (EBITDA/Ativo Total) não são significativamente influenciados pela capacidade inovativa. No entanto, quando se separa a capacidade inovativa por seus componentes (inovação de produto, processo, organizacional e marketing), observa-se uma influência positiva de inovação de produto sobre ambos os desempenhos. Por sua vez, o desempenho de valor (MVA) é influenciado positiva e significativamente pela capacidade inovativa. Esses resultados sugerem melhores resultados contábeis quando as empresas inovam no produto e maior geração de valor pelo mercado ao possuir um portfólio diversificado de inovação, ou seja, maior capacidade inovativa. Não se pode, entretanto, negligenciar as inovações em processo, organizacional e marketing. A pouca relação dessas inovações, perceptíveis no âmbito interno da empresa, com o desempenho pode residir nas diferentes estratégias inovativas adotadas em prol do objetivo principal de cada empresa.