ID: 55516
Autoria:
Lucas Martins Dias Maragno, Paulo de Souza Knupp, José Alonso Borba.
Fonte:
Revista de Contabilidade e Organizações, v. 13, n. 1, p. 5-18, Janeiro-Dezembro, 2019. 14 página(s).
Palavras-chave:
Cofraudadores , Corrupção , Lava Jato , Lavagem de dinheiro
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Este estudo exploratório objetiva compreender os vínculos que conectam cofraudadores em esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro presentes na Operação “Lava Jato”. A base de dados foi construída por meio da leitura das denúncias realizadas e documentadas pelo Ministério Público Federal (MPF). Foram identificadas todas as pessoas acusadas pelo MPF e suas características (gênero, idade e experiência anterior ao crime), assim como a natureza dos vínculos entre fraudadores e cofraudadores, o tipo de crime e o papel do acusado no crime. Sinteticamente, os resultados demonstraram que os fraudadores líderes já haviam sido condenados anteriormente e/ou possuíam experiência nas fraudes cometidas. Os resultados demonstraram ainda que os vínculos afetivos estão positivamente relacionados à apropriação indébita, ocultação de provas e “testa de ferro”. Se por um lado, Fee e Murphy (2015) destacaram a natureza dos vínculos entre membros de grupos fraudulentos, nossos achados evoluem e fornecem algumas evidências empíricas dos vínculos funcionais que servem à organização e invariavelmente para os vínculos afetivos.