ID: 60518
Autoria:
Paula Fernandes Furbino Bretas, Henrique Luiz Caproni Neto, Marcos Moura-Paula.
Fonte:
Revista de Gestão e Secretariado, v. 11, n. 3, p. 11-11, Setembro-Dezembro, 2020. 1 página(s).
Palavras-chave:
Assédio Moral , Assédio Sexual , Organização Pública , Violência interpessoal
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Objetivou-se compreender o que os trabalhadores de uma organização do Poder Legislativo percebem como práticas de assédio moral e identificar práticas que favoreçam a ocorrência e combatam o assédio moral na percepção deles. Amplia-se, assim, o estudo para além de universidades e órgãos do Poder Judiciário, que têm sido as organizações mais recorrentes nas análises. Os dados primários foram coletados por meio de um questionário enviado por e-mail e foi feita análise de conteúdo. Como principais achados de pesquisa, tem-se que os trabalhadores não identificam a característica de reiteração no conceito de assédio, o que nos faz reconhecer o conceito de violência interpessoal, e que um grande desafio se relaciona à dificuldade de se comprovar situações de boicotes e silenciamentos, isto é, de assédio moral sutil. Outro achado importante se refere ao fato de os pesquisados relacionarem a cultura na organização com a ocorrência do assédio. Sugerimos que a estabilidade e a dificuldade de mobilidade podem ser fatores influenciadores no fenômeno do assédio nessa organização. Concluímos que práticas violentas sutis muitas vezes estão em um espectro de maior discricionariedade do gestor e podem ser confundidas com autonomia gerencial, tornando normalizadas ações que podem estar adoecendo trabalhadores. E que quanto maior essa discricionariedade, acompanhada por uma cultura organizacional repressora, maior é a dificuldade de comprovação do assédio moral que ocorre de forma sutil.