ID: 62175
Autoria:
Luiza Natalle de Andrade Farias, Roseane Patrícia de Araújo Silva, Mamadou Dieng, Vânia Vilma Nunes Teixeira.
Fonte:
Revista Ciências Administrativas, v. 27, n. 1, p. 1-15, Janeiro-Abril, 2021. 15 página(s).
Palavras-chave:
balanced scorecard , setor público , tribunais de justiça
Tipo de documento: Artigo (Português)
Ver Resumo
Esta investigação teve como objetivo averiguar se o modelo de balanced scorecard (BSC) implantado pelo Tribunal de Justiça (TJ) de cada estado do Brasil e do Distrito Federal está alinhado conforme preconiza a literatura, bem como se segue a mesma linha de raciocínio estratégico pelo fato dos tribunais realizarem a mesma atividade. A amostra constituiu-se dos 26 tribunais de justiça dos estados do Brasil e do TJ do Distrito Federal. Trata-se de um trabalho exploratório e documental, com abordagem qualitativa, que utilizou a técnica de análise de conteúdo nos documentos que reportavam informações sobre o BSC, disponibilizados nos websites dos tribunais em estudo, para coleta de dados. Os achados indicam que toda a amostra utiliza o mapa estratégico (ME) propagado pela literatura do BSC. Em consonância com o modelo de BSC proposto para esta investigação, os principais resultados denotam: (i) estrutura básica com três perspectivas: sociedade; processos internos e; recursos, na maioria dos mapas avaliados; (ii) a posição hierárquica das perspectivas sociedade e recursos compatíveis com a literatura; em 100% dos mapas, a dimensão sociedade foi encontrada no topo, indicando ser a perspectiva mais importante para a obtenção de resultados; em sua base, a maioria traz a dimensão recursos, indicando como deve iniciar o processo estratégico e (iii) 17 mapas estratégicos, 63% da amostra, apresentaram a missão no topo da cadeia causa e efeito. Ademais, ao avaliar os objetivos estratégicos, observou-se que, em sua maioria, são caracterizados de acordo com a individualidade de cada TJ. Dos 149 objetivos estratégicos existentes, 134 são exclusivos de cada tribunal, denotando-se apenas seis objetivos comuns, demonstrando, em sua maioria, dispersão quanto aos fins a que se propõem cada um dos tribunais, embora possuam as mesmas funções sociais. Apenas cinco mapas estratégicos apresentam relação causa e efeito entre objetivos e perspectivas. Constata-se a existência de semelhanças nos desenhos dos mapas estratégicos implantados nos tribunais do estudo, no entanto destacam-se características idiossincráticas na sua elaboração.