ID: 59207
Autoria:
Geovanne Dias de Moura, Jovani Lanzarin, Sady Mazzioni, Francisca Francivânia Rodrigues Ribeiro Macêdo, Ilse Maria Beuren.
Fonte:
RACE: Revista de Administração, Contabilidade e Economia, v. 19, n. 2, p. 203-226, Maio-Agosto, 2020. 24 página(s).
Palavras-chave:
Companhias abertas brasileiras , Custo do financiamento da dívida , Estrutura de propriedade familiar , Gestão familiar
Tipo de documento: Artigo (Inglês)
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O objetivo do estudo foi verificar a influência da estrutura de propriedade e da gestão familiar no custo do financiamento da dívida de companhias abertas listadas na B3. Para isso, foi realizada pesquisa quantitative e descritiva, por meio de análise documental e com consulta aos Formulários de Referência, banco de dados Economatica e site da B3. A amostra foi composta por 211 companhias abertas em 2012, 214 em 2013, 225 em 2014, 220 em 2015 e 223 em 2016. Os resultados mostraram que o custo médio do financiamento da dívida, na maioria dos anos, não foi menor no grupo de empresas que tinha uma estrutura familiar. No entanto, ao comparar o custo do financiamento da dívida entre empresas que possuíam gestão familiar e não familiar, percebeu-se que, na maioria dos anos, o custo era menor no grupo de empresas familiares. Portanto, verificou-se que apenas a gestão familiar influenciou a redução do custo do financiamento da dívida. Conclui-se que as empresas com estrutura acionária e gestão familiar desfrutam de maior alinhamento de interesses entre o controlador e o gestor, de acordo com a perspectiva principal-agente da Teoria da Agência. A pesquisa contribui para fortalecer a compreensão do tema no cenário brasileiro e expande a discussão existente na literatura, abordando um fator que influencia o custo da dívida e que ainda é pouco explorado no Brasil. Também contribui para a literatura da área com evidências empíricas relacionadas ao cenário brasileiro, que ainda carece de pesquisas dessa natureza