ID: 55928
Autoria:
Rafael Cardoso Sampaio, Sérgio Braga, Marcio Cunha Carlomagno, Djiovanni Jonas França Marioto, Murilo Brum Alison, Tiago Philippini Ferreira Borges da Silva.
Fonte:
Revista do Serviço Público, v. 70, n. 4, p. 693-734, Outubro-Dezembro, 2019. 42 página(s).
Palavras-chave:
democracia digital , governança digital , serviços digitais
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Esta pesquisa busca fazer uma apresentação compreensiva sobre o atual estado da arte da oferta de iniciativas de democracia digital pelo Estado brasileiro. Com base em uma série de prospecções e levantamentos, montamos um banco de dados com 125 iniciativas de 1999 a 2016, que foram classificadas por análise de conteúdo por ano de lançamento e encerramento, poder, esfera governamental, temporalidade, se a ferramenta estava ativa ou não, fase do ciclo de políticas públicas, plataforma digital e valor democrático. Realizamos, inicialmente, testes de correspondências múltiplas para entender quais os valores democráticos mais ligados a cada poder ou nível no Brasil. Posteriormente, fizemos testes de sobrevivência para compreender fatores que podem levar as iniciativas a serem encerradas prematuramente. Os resultados indicam que o Executivo federal é o que lança mais iniciativas, que são, em sua maioria, realizadas na fase de implementação de políticas públicas, sendo mais ligadas ao monitoramento de obras, contas ou políticas, permanentes e baseadas em websites. Elas tendem a ser lançadas em anos ímpares e são propensas a ser abandonadas entre um e três anos.