ID: 103
Autoria:
José Ricardo Maia de Siqueira, Marcelo Alvaro da Silva Macedo, Fernanda Vieira Pinto Madureira Esteves, Fernanda da Silva Fernandes.
Fonte:
Pensar Contábil, v. 11, n. 45, p. 14-23, Julho-Setembro, 2009. 10 página(s).
Palavras-chave:
DEA , Desempenho Socioambiental , Responsabilidade Socioambiental
Tipo de documento: Artigo (Português)
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A sociedade sinaliza que está cada vez mais atenta à conduta das empresas. Neste cenário, ações de responsabilidade social ganham notoriedade e relevância. O balanço social é, potencialmente, um instrumento de evidenciação da responsabilidade socioambiental corporativa; contudo, diversas críticas vêm sendo direcionadas a este instrumento. Entre elas, destaca-se aquela que aponta a baixa comparabilidade entre os balanços sociais de diferentes empresas. Porém o setor elétrico brasileiro desponta como uma possível exceção a esta regra, já que a divulgação de seus relatórios socioambientais é regulamentada pela ANEEL, que preconiza a utilização do modelo Ibase como padrão. Com base nesta padronização, este trabalho se propõe a criar um ranking de responsabilidade socioambiental no setor elétrico brasileiro. Para atingir tal objetivo, foram analisados os balanço sociais das empresas deste segmento, e com base na seleção de cinco indicadores — receita líquida, receita líquida por empregado, folha de pagamento bruta por empregado, percentagem de cargos de chefia ocupados por mulheres e total de investimentos em meio ambiente — avaliou-se o desempenho socioambiental destas, através da aplicação da Análise Envoltória de Dados (DEA). Constatou-se que as organizações CELTINS, CEMIG, CEPISA e Transmissão Paulista foram aquelas que apresentaram os melhores desempenhos socioambientais, sendo que CEMIG e CEPISA são as que mais aparecem como referência. Foi detectado também um grupo de quatro empresas — CELG, CHESF, CEEE e SULGIPE — que necessitam de pequenas alterações na sua busca de maior eficiência socioambiental. Por fim, foi verificado que CPFL, COSERN, ESCELSA e Piratininga apresentam baixo nível de efici ncia socioambiental, estando as quatro abaixo do patamar de 30%. Os dados utilizados na pesquisa apontam que estas empresas precisam efetuar grandes transformações para que saiam do status de não eficiente.