ID: 53772
Autoria:
Fabrício Saad, Matheus Noronha, Tulio Marques, Eliane Vicente.
Fonte:
International Journal of Professional Business Review, v. 4, n. 1, p. 113-127, Janeiro-Junho, 2019. 15 página(s).
Palavras-chave:
China , Co-criação , Colaborativismo , Criatividade , Economia Criativa , Heritage Index , IBV , Liberdade Econômica , Visão Baseada em Instituições
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O presente artigo tem como principal objetivo analisar a hipótese de que a liberdade econômica de uma nação pode, de certa maneira, influenciar no potencial criativo desta nação. Observando-se o alerta da ONU de que as nações mais criativas são aquelas que vêm agregando maior valor a sua economia (em termos de produto interno bruto), ao mesmo tempo em que experimentam menores índices de desemprego e se preparam para os impactos das novas tecnologias, que substituem antigas profissões e causam ociosidade da força de trabalho e, adicionalmente, a crença e indícios préexistentes na literatura de que nações “livres” são ambientes mais propícios à criatividade, o que está aqui sendo proposto e estudado, é a hipótese de que uma nação aberta produz uma maior diversidade de pensamento e que esta diversidade constitui matéria prima à criatividade e à produção intelectual nos negócios criativos. Adotando-se o critério explicitado no relatório ONU/ UNTACD de Economia Criativa e os diferentes pilares/variáveis que compõem o Heritage Economic Freedom Index, buscou-se evidenciar, á luz da teoria institucional (IBV), que uma nação aberta produz e exporta mais produtos oriundos da nova economia - criativa, compartilhada, sustentável, cíclica, digital - e que envolve setores como moda, design, games, tecnologia da informação, automação, cinema, e produção visual, entre outros, quando comparada aos países mais fechados economicamente. Os resultados foram obtidos ao comparar dados de 100 nações, que contavam tanto com índices de liberdade econômica, quanto com dados de PIB (em US$) oriundos da Economia Criativa, conhecidos e divulgados através de relatórios públicos. Dada descoberta de indícios claros que nos fazem não rejeitar a hipótese central formulada, e que, portanto, minimamente esta faz algum sentido, novas hipóteses fomentam uma 2ª fase do projeto, que busca investigar a partir de dados secundários, evidências de que peculiaridades, tais como: tamanho e cultura, produção específica relacionada a temas de tecnologia, incentivos a produção criativa nacional que acabam funcionando como barreiras a “economia criatividade estrangeira”, etc., fazem da China um gigante único e que foge à regra observada no estudo principal. Daí, podemos afirmar que China, como um ponto fora da curva e revelando-se um outlier “razoavelmente fechado e consideravelmente criativo”, torna-se um case a ser explorado.