ID: 48820
Autoria:
David Stanhy de Carvalho Silva, Alessandra Carvalho de Vasconcelos, Márcia Martins Mendes De Luca.
Fonte:
Sociedade, Contabilidade e Gestão, v. 12, n. 3, p. 25-43, Setembro-Dezembro, 2017. 19 página(s).
Palavras-chave:
Agências reguladoras , Comitê de auditoria , Empresas reguladas , Gerenciamento de resultados
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Os diversos códigos de boas práticas de governança corporativa em todo o mundo recomendam a presença de órgãos técnicos, conhecidos como comitês, para assessorar o conselho de administração. Nesse contexto, destaca-se o comitê de auditoria, que deve ser constituído por membros independentes, com conhecimento na área, e tem, entre outras, a finalidade de inibir a prática de gerenciamento de resultados. O presente estudo analisa a correlação entre as características do comitê de auditoria e a prática de gerenciamento de resultados nas empresas listadas no IGCX, da BM&FBovespa. As 66 empresas do IGCX com comitê de auditoria foram distribuídas em dois grupos, sendo 30 reguladas e 36 não reguladas, levando em conta que as empresas participantes de setores regulados por agências governamentais seguem normas e diretrizes que as diferenciam das demais. Analisaram-se os dados, utilizando-se o teste de diferença entre médias, o teste de correlação e o método de detecção de interação automática do qui-quadrado (Chaid). Os resultados indicam que não há diferenças entre as características dos comitês de auditoria das empresas reguladas e as dos comitês das não reguladas. Constatouse, ainda, que não há correlação entre as características dos comitês de auditoria e as práticas de gerenciamento de resultados nas empresas da amostra. Contudo, conclui-se, por meio da análise da árvore de segmentação, que as empresas de grande porte apresentam baixo nível de gerenciamento de resultados, são reguladas e possuem pequeno número de membros independentes no comitê de auditoria.