ID: 33645
Autoria:
Tânia Veludo de Oliveira, André Ofenhejm Mascarenhas, Giulia Rizatto Tronchin, Rodrigo Martins Baptista.
Fonte:
Revista de Gestão Social e Ambiental, v. 8, n. 2, p. 63-75, Maio-Agosto, 2014. 13 página(s).
Palavras-chave:
Consumo consciente , Escravidão contemporânea , Responsabilidade social e ambiental , Sustentabilidade , Trabalho escravo
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Este estudo testou os efeitos das orientações fashion e de compra na preocupação social dos jovens consumidores de deixar de comprar de empresas varejistas que foram denunciadas por utilizar alguma forma de trabalho escravo em suas cadeias produtivas. Essa pesquisa foi realizada, via levantamento de dados, por questionários de autopreenchimento disponibilizados na Internet (N= 217). Os resultados mostraram que apenas a preocupação social (isto é, apoio a causas sociais e noção de coletividade) surte efeito na intenção de deixar de comprar das empresas. Apesar da ampla divulgação de escândalos envolvendo o emprego de trabalho escravo pela cadeia produtiva da indústria da moda, os resultados desse estudo mostraram que os fatores relacionados com a orientação fashion, como a liderança fashion e a importância de estar bem vestido, e à orientação para a compra, como o prazer em comprar, não são preditores da intenção dos jovens consumidores em deixar de comprar produtos produzidos com uso de trabalho escravo. Isto é, o indivíduo se informa sobre as tendências de moda em roupas e acessórios, gasta seus recursos com esses itens, mas parece não ser sensível às formas pelas quais eles são produzidos. Discute-se, por meio desse artigo, as implicações desses resultados no âmbito do consumo socialmente responsável no varejo e faz sugestões para pesquisas futuras