ID: 18115
Autoria:
Michiel S. de Vries, Christina Andrews.
Fonte:
RAUSP Management Journal, v. 34, n. 1, p. 29-52, Janeiro-Março, 1999. 24 página(s).
Palavras-chave:
Europa , políticas pública , teoria social
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Neste artigo discute-se as atuais políticas públicas na Europa através de uma análise dos desenvolvimentos observados desde a Segunda Guerra Mundial. Propõe-se que esses desenvolvimentos se apresentam como gerações de políticas que se sucedem em um ciclo a cada 12 anos aproximadamente. Esse fenômeno é explicado pelo fato de os governos precisarem concentrar seus recursos escassos nos meios para a resolução de problemas – ou partes de problemas complexos considerados como os mais importantes em cada geração, por não terem condições de resolver todos os aspectos do mesmos. Em conseqüência desse estabelecimento de prioridades, os problemas que permanecem latentes, após terem sido negligenciados por longos períodos, tornam-se urgentes, marcando a transição para outra geração que os elege como principal foco das políticas públicas. Foram identificadas quatro gerações de políticas na Europa do pós-guerra, com base nos objetivos dominantes, instrumentos de políticas usados, papel dos participantes e problemas negligenciados. Assim, além de priorizar a solução de problemas selecionados – ou partes de problemas –, cada geração tende a utilizar um tipo particular de instrumento de política, como leis e regulamentos, incentivos econômicos, instrumentos de comunicação, ou simplesmente a adotar políticas de maneira ad hoc. Nesse referencial teórico, os atuais desenvolvimentos de políticas na Europa, aparentemente fragmentados, podem ser vistos como os primeiros passos de uma nova geração de política que, e reação à orientação interna predominante nos anos 80 e início dos 90, muda sua direção para uma orientação mais externa tentando resolver de maneira prudente, por meio de ad hoc os problemas mais urgentes das sociedades.