ID: 44157
Autoria:
Mariana Luísa da Costa Lage, Denis Alves Perdigão, Felipe Gouvêa Pena, Matheus Arcelo Fernandes Silva.
Fonte:
Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, v. 10, n. 4, p. 47-62, Outubro-Dezembro, 2016. 16 página(s).
Palavras-chave:
Blackface , Hegemonia branca , Mundo fashionista , Racismo
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Neste artigo, analisou-se discursos sobre o blackface no mundo fashionista e da beleza a partir da busca pela representatividade e pelo protagonismo negro, em contraponto a uma liberdade de expressão artística do profissional da área. Foi investigado um caso de blackface publicado pela empresa de cosméticos Avon em sua rede social. O corpus de análise constituiu-se por discursos presentes nos comentários registrados na referida publicação. Os dados foram categorizados e analisados com base na vertente da análise crítica do discurso teorizada por Dijk (2012). Evidenciou-se que as práticas racistas continuam disseminadas na sociedade e seu reconhecimento ainda é dificultado por sua naturalização. Também foi evidenciado que a percepção do blackface como arte ou prática racista não está diretamente relacionada à cor da pele de quem a analisa, mas à sua percepção cognitiva embasada na sua cultura, experiência de vida, capacidade crítica, conhecimento histórico, entre outros fatores.