ID: 47990
Autoria:
Galo Andrés Suasnavas Lamboglia, Humberto Rodrigues Marques, Priscila Luiz Rosa, Paulo Henrique de Souza Bermejo.
Fonte:
Revista de Administração da Unimep, v. 15, n. 4, p. 46-62, Setembro-Dezembro, 2017. 17 página(s).
Palavras-chave:
Inovação Aberta , Países Emergentes , Setor Público
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Recentemente, as estratégias de inovação desenvolvidas pelas empresas têm se movido para abordagens mais abertas, em que as fontes externas e colaborações assumem grande importância. Este comportamento aberto das organizações pode ser responsável por melhoras no seu desempenho econômico devido à contribuição de fatores externos para o processo de inovação das organizações. Assim, a partir do lançamento do conceito de Inovação Aberta em 2003 por Henry Chesbrough, muitos projetos de inovação aberta têm sido criados globalmente. No setor público as práticas de inovação aberta ainda estão em seu estágio inicial, em especial, nos países com economias emergentes. Entretanto, as práticas de inovação aberta no setor público são fundamentais para melhorar as iniciativas dos gestores públicos, principalmente com relação às necessidades da população. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi analisar o que vem sendo publicado sobre os processos de inovação aberta desenvolvidos, principalmente, em países com economias emergentes, através de uma revisão de literatura. A forma de abordagem utilizada nesta pesquisa foi de cunho qualitativo, sendo que, por sua finalidade, a pesquisa foi definida como descritiva, onde os dados foram obtidos por meio da realização de uma revisão de literatura, através de uma estratégia de busca contendo palavras-chave em inglês e um intervalo de tempo de 2009 a 2015. Através desta pesquisa verificou-se diferentes projetos de inovação pública desenvolvidos pelos países com economia em desenvolvimento, tal como o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), onde demonstrou-se as origens de alguns projetos públicos elaborados e implementados por esses países subdesenvolvidos, foco deste estudo. Como verificado, certos países com economia emergente ainda estão começando a lançar projetos de inovação aberta, de modo que se concentram numa fase básica onde o nível tecnológico ainda precisa de um maior desenvolvimento. Neste sentido, pode-se considerar que a situação atual é que os países emergentes, como os pertencentes ao BRICS, ainda precisam desenvolver novos processos para atuarem mais eficazmente em contato com agentes externos, dado que estes países com economias subdesenvolvidas possuem limitações no desenvolvimento tecnológico. Assim, é crucial que os governos desenvolvam princípios claros para transformar sua cultura de inovação, criando uma rede duradoura de inovação, tanto para os países com economias desenvolvidas como para os países com economias emergentes. Para tanto, para que os governos implementem projetos de inovação aberta pública, eles precisam manter relações de colaboração não apenas com seus cidadãos, mas também com as empresas privadas, universidades e agencias públicas, resolvendo, assim, algumas necessidades sociais que a comunidade precisa, tais como educação, saúde pública, infraestrutura, tecnologia, entre outras.