ID: 8811
Autoria:
Aline Craide, Virginia Drummond Abdala, Tânia Maria Diederichs Fischer, Alexandre Cestari de Brito.
Fonte:
RAUSP Management Journal, v. 46, n. 4, p. 358-372, Outubro-Dezembro, 2011. 15 página(s).
Palavras-chave:
gestão de pessoas , interculturalidade , mobilidade
Tipo de documento: Artigo (Inglês)
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No presente artigo, tem-se por objetivo analisar como profissionais que
assumiram a intramobilidade em suas carreiras e que foram contratados
por organizações do polo industrial de Camaçari, localizado no estado da
Bahia, no Brasil, percebem, nessas organizações, o desenvolvimento de
estratégias de gestão de pessoas
direcionadas à interculturalidade intranacional. Para atender a tal
objetivo, além de revisão e análise teórica sobre os conceitos de
mobilidade e gestão intercultural e gestão de pessoas nas organizações,
foram entrevistados 13 profissionais que migraram de diferentes
estados brasileiros para trabalhar em empresas do referido polo. Os resultados apontam que, de forma geral, as organizações
ignoram os aspectos interculturais, o que reflete em uma lacuna de
estratégias de gestão de pessoas. Uma das evidências refere-se à falta
de suporte inicial, que gera problemas para os indivíduos
que chegam, com boas expectativas, ao novo local de trabalho.
Ademais, evidenciou-se que os subsídios financeiros não são suficientes,
sendo necessário oferecer atenção também aos aspectos subjetivos que
envolvem o deslocamento e a consequente interculturalidade
intranacional. Por fim, acredita-se que a ampliação do foco de estudos
sobre gestão intercultural, com um olhar sobre o intranacional,
possibilita apreender lições teóricas e práticas, em
função das experiências dos atores que vivenciam o processo, uma vez
que a gestão intercultural e a gestão de pessoas podem gerar vantagens
competitivas para as organizações.