ID: 66571
Autoria:
Riller Marinho Ramos, Henrique Oliveira Henriques, Marcio Zamboti Fortes.
Fonte:
Revista de Tecnologia Aplicada, v. 10, n. 3, p. 73-97, Setembro-Dezembro, 2021. 25 página(s).
Palavras-chave:
investimentos , Manutenção , Qualidade de energia
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Na maioria dos países ao redor do mundo, a agência reguladora fiscaliza a qualidade de fornecimento de energia das empresas distribuidoras. No Brasil, esta função é exercida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Para se manter dentro dos limites de qualidade e atender aos clientes da melhor forma possível, evitando reclamações sobre os serviços prestados, perdas de consumo de energia por motivos de falta de energia, etc., a distribuidora adota uma série de medidas de manutenção preditiva e preventiva buscando reduzir falhas e melhorar seu sistema elétrico. São realizados estudos periódicos em grupo de alimentadores, designados pela ANEEL como conjuntos elétricos. Esses estudos visam verificar quais interrupções ocorreram e por quais causas, quais circuitos já foram vistoriados, quanto tempo se passou desde a última manutenção realizada e qual ação deve ser tomada para evitar novas falhas. Todas as medidas tomadas visam um objetivo em comum, que é fornecer energia de qualidade ao cliente. Visto isso, a ANEEL estipula metas para os indicadores de qualidade DEC E FEC para um período de “corte” de um ano (outubro a setembro, por exemplo), respeitando também o período de revisão tarifária que ocorre de cinco em cinco anos. Para a concessionária de energia alcançar tais metas, ela deve realizar muitas vezes, altos investimentos na rede que podem ou não ter retorno financeiro. Este trabalho apresenta análise comparativa de cinco conjuntos elétricos, situados em áreas de diferentes características, tanto em relação a seus indicadores quanto aos investimentos realizados, objetivando buscar um valor de DEC e FEC limites para que a distribuidora tenha um retorno do investimento no âmbito da manutenção. O estudo conclui que os índices exigidos como meta pela ANEEL, não estão longe do limite econômico da empresa, em função das estratégias de manutenção empregadas.