ID: 57664
Autoria:
Silas Dias Mendes Costa, Esther de Matos Ireno Marques, Ana Carolina Chaves Ferreira.
Fonte:
Revista Gestão Organizacional, v. 13, n. 1, p. 64-85, Janeiro-Abril, 2020. 22 página(s).
Palavras-chave:
Estudante-trabalhador , Jovens trabalhadores , Sentidos do trabalho
Tipo de documento: Artigo (Português)
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A dinâmica nas organizações tem sofrido significativas transformações, podendo modificar o sentido atribuído ao trabalho e desencadear vivências de prazer-sofrimento, considerando a organização da atividade laboral e das tarefas. Dessa forma, entre os grupos de trabalhadores mais sensíveis a essas mudanças estão os jovens, público que usualmente se submete a atividades precárias e percebem o estudo como sendo um investimento que lhes resultará em melhores condições de trabalho. Assim, o objetivo desta pesquisa consiste em descrever os sentidos atribuídos a essa atividade e às vivências de prazer e sofrimento na percepção de jovens trabalhadores-estudantes. Participaram do estudo 25 jovens, alunos de uma Instituição Pública de Ensino Superior da região Sudeste do Estado de Minas Gerais (MG). Os dados foram discutidos por meio da análise de conteúdo, verificando-se predominância do sentido de trabalho enquanto atividade remunerada. No que se refere às organizações do trabalho, o prazer envolve as relações socioprofissionais, condições de trabalho, realização profissional e liberdade de expressão. Por sua vez, o sofrimento está associado às relações socioprofissionais, bem como as condições de trabalho, falta de reconhecimento e exigências físicas, como ficar em pé por muito tempo e realizar atividades que demandam esforço físico demasiado, e psicológicas, como ser submetido a constrangimentos e ter controle das emoções. Portanto, conclui-se que embora a atividade desempenhada pelos jovenstrabalhadores em algumas profissões possa ter sentido, não necessariamente será fonte de prazer, e ainda, havendo sentido, é possível que os trabalhadores vivenciem situações de sofrimento.