ID: 53572
Autoria:
Roger Augusto Luna, Fernando Luiz Emerenciano Viana.
Fonte:
Revista de Gestão Social e Ambiental, v. 13, n. 1, p. 40-56, Janeiro-Abril, 2019. 17 página(s).
Palavras-chave:
Indústria farmacêutica , Logística reversa , Medicamentos , Política nacional de resíduos sólidos
Tipo de documento: Artigo (Português)
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A maior utilização de produtos fármacos em diversos segmentos da saúde tornou-se um problema ambiental, já que o descarte feito pela população, de forma incorreta, das embalagens, sobras de medicamentos entre outros, gera resíduos no meio ambiente. A falta de regulamentação e fiscalização na cadeia de suprimentos da indústria farmacêutica colabora para que esta situação se mantenha. Assim, a criação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) busca suprir esta necessidade e propor ações de responsabilidade compartilhada em todos os elos da cadeia de suprimento. Esta pesquisa tem o objetivo de analisar o processo de logística reversa utilizado pela indústria farmacêutica no Brasil à luz da PNRS, identificando os elos que compõem a cadeia, os seus fluxos reversos e quais são os direcionadores da logística reversa. Constitui um estudo qualitativo que envolveu a realização de entrevistas com gestores de empresas fabricantes de medicamentos, representante de classe, redes de farmácias e o órgão regulador do setor. Como principais resultados, pode-se observar uma extensa cadeia de suprimento, porém, não ativa no processo de logística reversa, tendo apenas a preocupação com medicamentos vencidos nos pontos de vendas. Também foram identificados, como direcionadores da logística reversa na indústria farmacêutica, os aspectos mercadológicos, operacionais, legais e custo. Por fim, observou-se que a cadeia de suprimento ainda não está preparada para atender as demandas da PNRS, embora exista uma articulação em curso visando ao atendimento dessas demandas.