ID: 49717
Autoria:
Denise Gutierrez Castro, Edson Keyso de Miranda Kubo, Milton Carlos Farina.
Fonte:
Cadernos EBAPE.BR, v. 16, n. 2, p. 186-203, Abril-Junho, 2018. 18 página(s).
Palavras-chave:
Administração de empresas , Administração pública , Identificação organizacional
Tipo de documento: Artigo (Português)
Ver Resumo
A identificação organizacional é um tema recorrente no estudo de aspectos comportamentais em diferentes organizações. O objetivo desta pesquisa foi analisar como se configura a identificação organizacional de servidores públicos de uma universidade federal, que exercem cargo de administradores e que são formados em Administração de Empresas. Por meio da observação de documentos oficiais da instituição, entrevistas semiestruturadas foram analisadas com o programa computacional Atlas TI 7.0, e com base em observação participante foi realizado um estudo de caso em uma instituição brasileira de Ensino Superior do governo federal, que contou com o apoio oficial de seu reitor e com a aprovação de seu comitê de ética em pesquisa. Procedeu-se à análise da identificação organizacional segundo o modelo proposto para um mapa de identificação e um mapa de frustração (KREINER e ASHFORTH, 2004; ROCHA e SILVA, 2007). Com a identificação com a organização contribuem a estabilidade, a qualidade de vida, as oportunidades de capacitação, a flexibilidade para propor novos fluxos de trabalho e a convivência com pessoas capacitadas. Não obstante, as decisões políticas, a falta de continuidade dos trabalhos, a ausência de procedimentos definidos, o plano de carreira, a falta de planejamento de ações, os problemas de comunicação, a burocracia, a carga de trabalho desigual e o conhecimento de legislações específicas resultam em frustração, no contexto da racionalidade do gerencialismo. Portanto, o processo de identificação desses servidores se mostrou ambivalente e a formação em Administração de Empresas foi um dos fatores que mais contribuiu com esse tipo de identificação.