ID: 58860
Autoria:
Roberto Vilmar Satur, Adriana de Fatima Valente Bastos, Nelsio Rodrigues de Abreu.
Fonte:
Revista de Gestão em Sistemas de Saúde, v. 9, n. 2, p. 269-282, Maio-Agosto, 2020. 14 página(s).
Palavras-chave:
Autogestão em saúde , Cocriação de valor em saúde , Profissionais de saúde , Satisfação com serviços de saúde , Serviços de saúde
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa que buscou compreender o nível de consciência das pessoas sobre questões de saúde em geral, especialmente no que trata da sua própria autogestão em prol de sua saúde, bem como sua satisfação com os serviços profissionais recebidos. A amostra extraída inclui estudantes universitários de instituições públicas e privadas da grande João Pessoa/PB, usuários do sistema de saúde público e privado. A pesquisa foi qualiquantitativa, com pesquisa de campo e a amostra passou de 400 respondentes. Como principais resultados se pode observar que os respondentes têm consciência da importância tanto de fazer sua autogestão em saúde como de ter acesso a serviços de saúde de qualidade. Todavia, percebeu-se que existe um grande gap de comprometimento prático das pessoas como cocriadoras de seu cuidado em saúde, bem como um grande gap apontando deficiência nos serviços de saúde prestados. Não se percebeu grande diferença de consciência e comportamento entre usuários do SUS comparado a usuários de planos de saúde privado. Igualmente ambos apontaram insatisfação (gap) nos serviços de saúde recebidos. Conclui-se que é urgente que os profissionais de saúde e as instituições que trabalham com serviços de saúde percebam que o usuário não pode ser mais considerado um ser passivo e pacífico, e sim um ator ativo e que pode, em muito, ajudar na sua autogestão em saúde, como corresponsável pela sua melhoria. Mas para isso ele precisa confiar e ter o respaldo dos prestadores de serviços de saúde que lhe deem mais autonomia, segurança e acompanhamento.