ID: 66218
Autoria:
Francisco José da Silva Júnior, Ana Karla de Lucena Justino Gomes, Renata Paes de Barros Camara, Paulo Amilton Maia Leite Filho.
Fonte:
BASE - Revista de Administração e Contabilidade da UNISINOS, v. 19, n. 1, p. 851-877, Janeiro-Março, 2022. 27 página(s).
Palavras-chave:
Previsão de Insolvência , Responsabilidade Social Corporativa , Sustentabilidade Empresarial
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Esta pesquisa teve por finalidade estudar a relação entre a Responsabilidade Social Corporativa e a previsão de Insolvência Empresarial. Foram analisadas as empresas de capital aberto, não financeiras, listadas na Brasil, Bolsa, Balcão – [B]3 , considerando o período de 2010 a 2018. Foram utilizados os modelos de predição de insolvência de Elizabetsky (1976), Kanitz (1978) e Altman, Baidya e Dias (1979) para calcular as proxies de previsão de insolvência empresarial PIeit, PIkit e PIabdit, respectivamente; assim como foi utilizada a variável de sustentabilidade (ESGit) definida pela Thomson Reuters Eikon®, como proxy de Responsabilidade Social Corporativa. Os modelos utilizados foram estimados por dados em painel balanceado, compostos pelas proxies de Crise (CRISEit), Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISEit) e a Governança (GOVit) como variáveis de controle. Classificou-se toda a amostra como “empresas em geral”, e considerou-se como “empresas sustentáveis” aquelas que apresentaram valores de Responsabilidade Social Corporativa diferentes de zero em relação ao índice ESG em pelo menos um dos anos analisados. Viu-se que as práticas sustentáveis possibilitam uma melhora na solvência empresarial. A governança corporativa foi o único fator motivador para o engajamento em sustentabilidade para as empresas no grupo geral. Já o grupo de empresas sustentáveis associou solvência empresarial a melhores práticas sustentáveis. Nota-se que ao suprir as necessidades dos stakeholders por meio da legitimação, as organizações que demonstraram práticas sustentáveis possibilitaram melhores resultados em longo prazo, reduzindo o risco de insolvência, e impulsionando a continuidade da sustentabilidade empresarial, podendo ser utilizado como fator estratégico pelos gestores.